domingo, outubro 16, 2011

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Eles acordaram.
Não imaginaria que a noite passada fosse assim... tão mágico. 
- Na verdade  "mágico" ainda acho que não é a palavra, será que tem algo maior que isso?!
No dia anterior...
Ele viu sua alma (dela), exposta de todas as maneiras,
Ela sentiu seu desejo (dele), e o descotrole de ser muito mais, ser ele mesmo.
Acordaram... 
Ele nunca conseguiu dormir ao lado de outra.
Ela nunca dormiu tão anciosa e com frio na barriga.
Um beijo com hálito da manhã, 
Um Bom Dia!
- Ela não acordou de mal humor. Bom sinal. ... Seu costume feio, não abrir a boca nas primeiras horas da manhã. Ele, quebrou um costume feio, naquele dia.
Eles não querem levantar da cama,
Não querem sair por que não há nada de interessante lá fora,
Do que os olhares, o toque da pele, o cheiro, o sussurar.
Não há nada lá fora que prenda mas que os lençóis da madrugada,
Não a nada mas azul, do que o azul do céu, que as conversas que dividiram, das risadas e as lágrimas... 
A fome? Fome do tudo de novo, do repetido.
Levantaram, pedindo pra ficar.
Tomaram banho, pendindo pra sentir.
Se trocaram, pedindo pra tirar.

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- Mila Lago

sábado, outubro 15, 2011

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"Acontece que com ou sem cama gosto profundamente de você. E você, faz tempo que não está me dando chance de gostar de você. Sem pedir coisa alguma, além de uma certa delicadeza, de um certo estar presente e não fugindo o tempo todo. Mas escuta: Não é afastando as pessoas que te amam - como eu, por exemplo - que você vai se sentir melhor. Repito que estou preocupado com você. Fico pensando o dia inteiro, e querendo saber coisas, que você me escreva, que você me ligue, que você me diga qualquer coisa para que eu possa estar do seu lado. Você não está permitindo isso, e eu não estou sabendo como agir. Entenda que eu quero estar com você, do seu lado, sabendo o que acontece. De repente me passa pela cabeça que a minha presença ou a minha insistência pode talvez irritá-lo. Então, desculpa não insistirei mais." 


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- Você é anormal menina. O que ele fazia de tão especial? Tipo… Sei que não é fácil esquecer, mas gostar às vezes é estranho.
- Não fazia nada. Eu só… só gostava, entende?
- Mas por que gosta “às vezes” dele ainda?
- Por gostar. Me apeguei à ele como nunca me apeguei a ninguém. Prendi e não quis mais soltar…
- Entendo. E ele, por onde anda?
- Pelas ruas de um Porto. Amando mulheres, garotas, meninas… Amando todas, menos à mim.

 
(Autor Desconhecido)

— E você, por que desvia o olhar?

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"Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos."    




Anônimo - #Pravocê

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Eu falo de amor à vida,
Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso                                                   
E você de azar ou sorte.

Eu ando num labirinto
E você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa,
Mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros.
Eu digo: "Te amo!"
E você só acredita quando eu juro.

Eu lanço minha alma no espaço,
Você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era.
E o que era?
Era a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Eu grito por liberdade,
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.

Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?

Sempre a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?




A Seta e o Alvo - Paulinho Moska 

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quinta-feira, outubro 13, 2011

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'... E eu deixei de fazer parte do presente/futuro, das pessoas do meu passado, das fotos, das resenhas, para ser apenas lembrança, e não sendo mais presença, na memória delas(eles).'





 - Mila Lago.